Simplifica o manejo e otimiza a utilização da pastagem!
1. Introdução
A Embrapa vem trabalhando no melhoramento genético de Espécies forrageiras para a Região Sul do Brasil. Esta região é caracterizada pela possibilidade de utilização, ao longo do ano, de espécies forrageiras tropicais/subtropicais e temperadas. As espécies mais utilizadas são: azevém, aveia, capim-elefante, capim-sudão, cornichão, milheto, sorgo e trevos.
Para cada espécie, há uma indicação de manejo, embasada na fisiologia da planta, em que o momento de entrada dos animais na pastagem é aquele de maior acúmulo líquido de forragem, quando é máxima a formação de novas folhas e ainda é baixa a perda de folhas por senescência. O momento de saída dos animais é determinado de forma que o resíduo do pastejo contenha tecido fotossinteticamente ativo suficiente para sobrevivência da planta e rápida rebrota, proporcionando acúmulo de forragem para um novo ciclo de pastejo. Considerando uma pastagem com boa densidade de plantas, essa indicação pode ser traduzida em altura máxima e mínima de pastejo.
A Régua de Manejo de Forrageiras BRS Sul permite tomar decisões rápidas quanto ao ajuste da carga animal em uma determinada pastagem. Simplifica o manejo e otimiza a utilização da pastagem, levando a incremento de produtividade para a pecuária.
2. Descrição
A Régua de Manejo de Forrageiras BRS Sul reúne as principais espécies forrageiras utilizadas na Região Sul do Brasil. Em uma das faces da régua estão as espécies de inverno (aveia, azevém, centeio, cornichão, trevos e trigo) e, na outra, as espécies de verão (capim-elefante anão, capim-sudão, milheto e sorgo forrageiro), identificadas pelo nome das cultivares lançadas e recomendadas pela Embrapa para a Região Sul do Brasil.
Para cada espécie, há uma altura de entrada e altura de saída dos animais da pastagem. Estas alturas foram estabelecidas a partir de resultados experimentais obtidos pela Embrapa e outros centros de pesquisa e reunidas no folder Planejamento Forrageiro (Embrapa, 2014).
Tabela 1: Alturas de entrada e saída de pastejo das diferentes espécies forrageiras.
ÉPOCA/CULTIVAR |
ESPÉCIE |
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INVERNO |
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BRS Centauro |
Aveia |
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BRS Madrugada |
Aveia |
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BRS Ponteio |
Azevém |
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BRS Integração |
Azevém |
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BRS Serrano |
Centeio |
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BRS Pastoreio |
Trigo |
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BRS Tarumã |
Trigo |
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URSBRS Posteiro |
Cornichão |
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BRSURS Entrevero |
Trevo-branco |
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BRS Resteveiro |
Trevo-persa |
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BRS Piquete |
Trevo-vesiculoso |
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VERÃO |
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BRS Kurumi |
Capim-elefante anão |
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BRS Estribo |
Capim-sudão |
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BRS 1503 |
Milheto |
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BRS 810 |
Sorgo Forrageiro |
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3. Como usar
A Régua deve ser apoiada no solo em posição vertical, verificando se as plantas encontram-se na altura das marcações para a espécie. Deve ser considerada a altura da superfície da pastagem com as plantas em sua posição natural (Figuras 3 e 4). Esta verificação deve ser feita em diversos pontos da pastagem, com 10 a 20 medidas, levando em consideração a desuniformidade da área.
3.1 Pastejo rotacionado: A porção superior da faixa verde indica a altura ideal de entrada de pastejo. A faixa vermelha acima indica que está passando o momento correto. A porção inferior da faixa verde indica a altura em que os animais devem ser retirados.
3.2 Pastejo contínuo: A régua de manejo indica o momento de aumentar ou reduzir a lotação do pasto. Quando a forragem atinge altura próxima ao extremo superior da faixa verde, é hora de aumentar o número de animais no piquete. Quando se aproxima da extremidade inferior desta faixa, deve-se reduzir o número de animais no pasto, ou deixá-lo em descanso. A taxa de lotação mais adequada será aquela que mantiver a pastagem numa altura intermediária, no centro da faixa verde (Costa e Queiroz, 2013).
Bainha